Por definição, Efluente Industrial é o despejo líquido resultante dos processos produtivos. Diferentemente do efluente sanitário, que possui propriedades padrão, no efluente industrial, estas propriedades são extremamente variáveis, pois cada ramo industrial tem suas particularidades.
Devido à grande variedade de características apresentadas pelos efluentes industriais, não existe uma única forma de tratamento de efluentes, e sim o tratamento adequado para cada tipo de efluente. De forma geral, o tratamento de efluentes industriais necessita de um pré-tratamento, seguido de tratamento primário e secundário, algumas vezes é necessária a adição de tratamento terciário ou a combinação de mais de um tipo de tratamento primário ou secundário para que o efluente possa ser descartado, ou reutilizado, cumprindo as exigências da legislação vigente (Resolução CONAMA nº 430/2001).
O pré-tratamento é a etapa responsável pela retenção dos sólidos grosseiros, materiais flutuantes e o excesso de óleos e graxas. Em suma esta etapa visa a remoção de partículas que podem afetar os equipamentos, principalmente os responsáveis pelo bombeamento.
O tratamento primário tem o objetivo a remoção de sólidos sedimentáveis e parte da matéria orgânica contida no efluente, em sua maioria são empregados processos físicos neste nível de tratamento. Por sua vez, o tratamento secundário remove a matéria orgânica solúvel, e em alguns casos há também a remoção de nutrientes como nitrogênio e fósforo.
O tratamento terciário, também chamado de pós-tratamento tem por função a extração de materiais que não são compreendidos nas etapas anteriores de tratamento, como agentes patógenos, metais pesados, cor ou odor indesejáveis, ou promover um polimento no efluente de forma que garanta a adequação do mesmo nos padrões de lançamento. Alguns tipos de efluentes industriais são submetidos à esta etapa de tratamento com o objetivo de oferecer a possibilidade de reúso para fins não nobres como irrigação, lavagem de calçadas ou descarga de banheiros.
Existem diversas tecnologias de tratamento para cada uma das etapas anteriormente citadas, porém para fazer a escolha correta é importante conhecer as características do efluente a ser tratado. Para pautar esta decisão, além de conhecer o processo produtivo, produtos químicos que são utilizados na linha de produção e destino do efluente tratado é necessário também conhecer os parâmetros do efluente bruto.
As análises físico-químicas do efluente são essenciais para entender as necessidades reais do tratamento, fazendo com que o profissional qualificado entenda os pontos que demandam mais atenção para realizar a indicação dos equipamentos de forma acertada. O efluente de uma fábrica de biscoitos, por exemplo, terá características e necessidades de tratamento completamente diferentes de um efluente de uma fábrica de alimentos em conserva, apesar de ambas serem do ramo alimentício.
A Compacta Saneamento possui um corpo técnico qualificado para auxiliar de forma adequada aos seus clientes na tomada de decisão sobre o tratamento indicado para cada caso.
Equipamentos utilizados no tratamento de efluentes industriais
Como mencionado anteriormente, existem diversos tipos de equipamentos para cada um dos níveis de tratamento, com variações desde a via de tratamento utilizada, a capacidade, o grau de automação, entre outros. Descreveremos brevemente os principais equipamentos para cada um dos níveis de tratamento descritos.
No pré-tratamento temos como principais separadores de óleos e graxas a Caixa de Gordura e a Caixa Separadora de Água e Óleo, que agem utilizando como princípio de separação a diferença de densidade entre estes compostos e a água. Já para a retenção de sólidos grosseiros os equipamentos mais utilizados são os gradeamentos, que podem ser estáticos ou mecanizados, como é o caso da Grade Mecanizada Tipo Múltiplos Rastelos e a Grade Mecanizada Tipo Esteira Filtrante.
Para a retenção de sólidos, ainda no pré-tratamento, também existem as Peneiras Estáticas, Rotativas e Autolimpantes, e o Decanter Centrífugo, este último trabalhando de forma contínua e permitindo a recuperação dos sólidos retidos. Outro equipamento muito interessante é o Tridecanter Centrífugo que separa sólidos e óleos do restante do líquido operando de forma contínua e permitindo a recuperação das fases separadas no processo.
Partindo para o tratamento primário, temos três equipamentos sendo os principais deste nível de tratamento. Começamos falando do Decantador Primário que remove os sólidos sedimentáveis contidos no efluente através do princípio de sedimentação. No decantador primário ocorre a remoção da matéria orgânica que está suspensa no efluente, transformando-a em lodo biológico.
O Flotador por Ar Dissolvido (FAD) é um equipamento que emprega o tratamento físico-químico. Produtos químicos são adicionados ao efluente, visando promover a junção dos poluentes em flocos maiores, enquanto é adicionado no interior do tanque ar no formato de microbolhas para promover a flotação dos flocos. Pás raspadoras removem o lodo flotado e encaminham para o compartimento de coleta de lodo. O FAD atua na remoção, além de parte da matéria orgânica, de óleos e gorduras presentes no efluente.
O reator UASB também é considerado um tratamento primário, contudo o mesmo tem um poder de remoção de matéria orgânica superior aos demais equipamentos citados. O UASB é um reator anaeróbio de fluxo ascendente que possui em seu interior uma manta de lodo biológico, e realiza a remoção de parte da matéria orgânica, tanto suspensa quanto solúvel através dos microrganismos contidos em seu interior.
Partindo para o tratamento secundário temos o Filtro Aerado Submerso (FAS) que é um filtro biológico onde o leito de filtragem é composto por biomídias que servem como meio de suporte para os microrganismos que serão responsáveis pelo tratamento e remoção das impurezas contidas no efluente. Difusores de ar são instalados no fundo, promovendo a aeração do meio. Na parte superior do filtro o efluente em tratamento é coletado e enviado para a decantação secundária para a finalização desta etapa de tratamento.
O tratamento por Lodos Ativados é um sistema amplamente conhecido e empregado na atualidade, ele pode ter ou não a etapa de remoção de nutrientes. Neste processo o tratamento é realizado através de microrganismos que realizam a degradação da matéria orgânica e a remoção de nutrientes (N e P) do efluente, transformando-os em lodo biológico que é constantemente recirculado no sistema. O efluente, após o processo de decantação é então encaminhado para o pós-tratamento ou tratamento terciário.
Uma tecnologia que vem ganhando espaço nas vias de tratamento secundário é o MBBR. É um tratamento biológico muito semelhante ao FAS, contudo a biomídia utilizada no interior do reator possui uma área superficial muito maior que a utilizada no outro equipamento. Esta diferença na área superficial faz com que o tratamento seja otimizado e também resulta em uma redução de volume no tanque de tratamento. Outra vantagem apresentada é que o sistema MBBR dispensa a utilização do decantador secundário reduzindo ainda mais o espaço necessário para o tratamento do efluente.
Com os sistemas secundários apresentados, o tratamento terciário, ou pós tratamento vem sobretudo com o intuito de realizar a desinfecção deste efluente, removendo desta forma os agentes patógenos contidos. A maneira mais usual de realizar esta etapa de tratamento é através de um tanque de contato, com a dosagem de uma solução oxidante, normalmente à base de cloro, para a inativação dos microrganismos.
No entanto, atualmente possuímos uma tecnologia que além de oferecer a remoção dos microrganismos patógenos, oferece a ultrafiltração do efluente, dando a possibilidade de reutilizá-lo para fins não nobres, ou atender até às mais restritas legislações. Estamos falando do MBR, ou Biorreator por Membrana, as membranas contidas no interior do equipamento promovem a filtração de forma que apenas a água consegue atravessar seus poros, fornecendo um efluente com alto grau de tratamento. Este equipamento substitui o decantador secundário e o tanque de contato, entregando um efluente com melhor qualidade, e exigindo uma menor área de tratamento.
Os equipamentos apresentados são os mais utilizados no tratamento de efluentes industriais, sendo que etapas adicionais podem ser necessárias em casos específicos. A escolha da empresa que irá definir e fornecer os equipamentos recomendados para o tratamento do efluente industrial é muito importante e exige um conhecimento aprofundado. Escolha uma empresa com alto grau de confiabilidade e profissionais capacitados como a Compacta Saneamento.
Vantagens das Estações de Tratamento de Efluentes Industriais da Compacta Saneamento:
Os tratamentos de efluentes fornecidos pela Compacta Saneamento são pensados de forma individualizada para atender as necessidades de cada cliente, oferecendo soluções práticas e confiáveis. Nossos equipamentos são fabricados utilizando as mais modernas tecnologias, em conjunto com a credibilidade de tratamentos amplamente estudados e de eficiência comprovada. A alta resistência e durabilidade dos materiais utilizados na construção das ETE’s fornecem estas características também às estações fazendo com que elas tenham um excelente custo-benefício. Dispomos de sistemas de tratamento com alto grau de automação, aumentando o conforto e a segurança operacional.
Mais um diferencial da Compacta Saneamento é contar com corpo técnico extremamente qualificado, tendo profissionais das áreas de química, mecânica e elétrica que além de trabalharem na etapa de projeto, fornecem suporte técnico ao cliente em qualquer necessidade que este possa ter durante a operação de sua estação de tratamento. A Compacta Saneamento é a opção ideal para clientes que prezam pela qualidade e excelência quando o assunto é tratamento de efluentes industriais.